domingo, 27 de abril de 2014

19 - LEI DE CAUSA E EFEITO



      

     A Lei de Causa e Efeito, conhecida também com o nome de Lei de Ação e Reação ou Lei do Carma, é uma lei natural, espiritual e universal, essencial para a evolução das almas. André Luiz [Ação e Reação] nos diz: “É a conta do destino criada por nós mesmo, englobando os créditos e os débitos que em particular nos digam respeito. É o sistema de contabilidade do Governo da Vida.” Consiste, portanto, nos padrões de hábito que uma pessoa estabeleceu e as repercussões desses padrões sobre si mesma e sobre os outros.

 - PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

     Allan Kardec examina [O Céu e o Inferno - cap. VII] com profundidade a Lei de Causa e Efeito. Através de 33 itens, ele tece inúmeros comentários importantes a respeito. Apresentamos uma síntese:

  • “O estado feliz ou desgraçado de um Espírito é inerente ao seu grau de pureza ou impureza. A completa felicidade prende-se à perfeição. Toda imperfeição é causa de sofrimento e toda virtude é fonte de prazer.”
     O homem sofre em função dos defeitos que tem: a inveja, o ciúme, a ambição, os vícios sociais são as causas fundamentais dos sofrimentos. Diz Kardec, que a alma que tem dez imperfeições, por exemplo, sofre mais do que a que tem três ou quatro. Portanto, o único caminho que nos levará à felicidade completa é o do esforço constante no combate às más inclinações, através da reforma íntima;

  • “O bem como o mal são voluntários e facultativos: livre o homem não fatalmente impelido para um nem para outro.”
     Em [Livro dos Espíritos - questão 645] os benfeitores espirituais afirmam que não há arrastamento irresistível. O homem tem sempre liberdade de escolher entre o bem e o mal e seguir o caminho da correção ou do vício. Por esse motivo, por ter escolhido livremente a opção a tomar, ele torna-se responsável pelos seus atos. Emmanuel diz: “A semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória.”

  • “A responsabilidade das faltas é toda pessoal, ninguém sofre por erros alheios, salvo se a eles deu origem quer provocando-os pelo exemplo quer não os impedindo quando poderia fazê-los.”

     Perante a Lei de Causa e Efeito não existem “vítimas”. Só respondemos pelos nossos atos e jamais pelos atos alheios. A ninguém deve o homem culpar em caso de sofrimento, a não ser a ele mesmo, pela sua incúria, seus excessos ou a sua ambição. Quando mais de uma pessoa vêm a cometer o mesmo erro, tornam-se todos incursos na Lei de Causa e Efeito e, muitas vezes, deverão, juntos, repararem esse erro. Muitos casos de calamidades coletivas, expiações de grupos ou famílias inteiras enquadram-se nessa situação.



      O carma, portanto, pode ser:

- Individual: um único Espírito está incurso na Lei;

- Familiar: quando vários membros de um mesmo núcleo familiar estão inseridos no processo cármico;

- Coletivo: quando toda uma coletividade comprometeu-se com a mesma falta.



  • "A alma traz consigo o próprio castigo ou prêmio, onde quer que se encontre, sem necessidade de lugar circunscrito.”

      Céu e Inferno, ensina-nos a Doutrina Espírita são estados de consciência. O primeiro corresponde a uma consciência tranqüila em função do serviço bem feito e da atitude sempre correta. O segundo existe em decorrência da culpa, do remorso, que cria para a alma viciosa um campo magnético negativo, através do qual as obsessões, as enfermidades físicas ou psíquicas, ou mesmo os lances desditosos da existência vão se desenvolver.

     André Luiz denomina “zona de remorso” a esta área que se estabelece na consciência do homem ante a atitude incorreta. Segundo este autor, a “zona de remorso” será responsável pela radiação doentia que vai infelicitar o perispírito do indivíduo, carreando para ele uma série de possibilidades dolorosas.


Mecanismo da dor




  • “Toda falta cometida é uma dívida contraída que deverá ser paga; se o não for na mesma existência, sê-lo-á na seguinte ou seguintes.”

     Em muitas oportunidades, as faltas cometidas numa existência, podem ser reparadas na mesma encarnação; outras vezes, somente na existência posterior terá a alma culpada condições de resgate; e, em determinadas situações, serão necessárias diversas encarnações para que a dívida seja saldada.

    O espírito Bezerra de Menezes no livro Dramas da Obsessão, lembra que em algumas oportunidades a alma culpada não possui condição evolutiva ou estrutura psicológica para receber a carga de sofrimento, decorrente do erro. Nestes casos, a lei dá-lhe um tempo de moratória para que se estruture intimamente e possa, no futuro, responder pela falta. Registramos as palavras do benfeitor:

“Existem obsessores tolhidos numa reencarnação para a experiência de catequese, quando, então, todas as facilidades para um aprendizado eficaz das leis do Amor e da Fraternidade lhes serão apresentadas. Muitos, só mais tarde, em encarnações posteriores, estarão em fase de reparações e resgates.”



  • “Pela natureza dos sofrimentos e vicissitudes da vida corpórea pode julgar-se a natureza das faltas cometidas em anteriores existências.”

     Allan Kardec comenta [Livro dos Espíritos - questão 973]: “cada um é punido naquilo em que errou”; porque observa-se uma correspondência íntima entre o tipo de sofrimento e o tipo de falta. André Luiz [Ação e Reação] apresenta várias possibilidades, como mostra o quadro abaixo.


Quadro - Lei de Causa e Efeito
Falta
Resgate
     Aborto
 Esterilidade, doenças genitais
Incontinência sexual ou erros no amor
Impotência sexual ou frigidez, decepções da vida afetiva
Ociosidade, indolência
Desempregos, má remuneração profissional, paralisias
Calúnia ou maledicência
Doenças das cordas vocais
Beleza física mal canalizada
Doenças de pele
Erros cometidos no esporte e na dança
Reumatismos diversos
Inteligência canalizada para o mal
Hidrocefalia, oligofrenias
Suicídio
  Doenças congênitas graves, acidentes mortais na infância e adolescência



  • “A mesma falta pode determinar expiações diversas, conforme as circunstância atenuantes ou agravantes.”

     Dois fatores condicionam sempre a gravidade de uma falta: a intenção e o conhecimento do erro. Embora as faltas sejam sempre as mesmas, a responsabilidade do culpado ante o deslize será maior ou menor em função do grau de conhecimento que ele possui e de sua intenção ao cometê-lo.

     Com relação ao grau de adiantamento, Kardec informa que as almas mais grosseiras e atrasadas são, via de regra, mais atingidas pelos sofrimentos materiais, enquanto os Espíritos de maior sensibilidade e cultura são mais vulneráveis aos sofrimentos morais.


  • “Não há uma única ação meritória que se perca: todo ato meritório terá recompensa.”

     A Lei de Causa e Efeito não apenas pune o culpado, mas também premia a alma vitoriosa. Denomina-se “carma positivo” aos condicionamentos sadios que o Espírito atrai para si, em decorrência de atitudes corretas e vivência altruística;


  • "A duração do castigo depende da melhoria do culpado. O Espírito é sempre o árbitro da própria sorte, podendo prolongar o sofrimento pela persistência no mal ou suavizá-la ou mesmo superá-la em função de sua maneira de proceder.”

     Kardec mostra que não existe condenação por tempo determinado. O que Deus exige, por termo do sofrimento, é um melhoramento sério, efetivo, sincero de volta ao bem;


  • "Arrependimento, expiação e reparação constituem as três condições necessárias para apagar os traços de uma falta.”

     O arrependimento pode dar-se por toda parte e em qualquer tempo; se for tarde, porém, o culpado sofre por mais tempo. Mas não basta o arrependimento, embora ele suavize os cravos da expiação. A expiação consiste nos sofrimentos físicos ou morais que são conseqüentes à falta, seja na vida atual, seja na vida espiritual após a morte, ou ainda em nova existência corporal.

     A reparação consiste em fazer o bem àqueles a quem se havia feito o mal. Quem não repara os seus erros numa existência, achar-se numa encarnação ulterior em contato com as mesmas pessoas de modo a demonstrar reconhecimento e fazer-lhes tanto bem quanto mal lhes tenha feito.


Fases do resgate do erro
1.Arrependimento
2.Expiação
3.Reparação

 

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

     O Livro dos Espíritos - Allan Kardec

     O Evangelho Segundo o Espiritismo - Allan Kardec

     Céu e Inferno - Allan Kardec

     Ação e Reação - André Luiz/Chico Xavier

     Vidas de Outrora - Eliseu Rigonatti

     Dramas da Obsessão - Bezerra de Menezes/Yvonne Pereira


 

sexta-feira, 18 de abril de 2014

18 DE ABRIL – 157 ANOS DE O LIVRO DOS ESPÍRITOS




No dia 18 de abril de 1857 o Sr. Allan Kardec lançou a primeira edição de “O Livro dos Espíritos – Uma filosofia espiritualista”, originalmente com 518 perguntas. Composto na forma de perguntas e respostas, dividido em quatro livros, sendo estes livros por sua vez divididos em capítulos, “O Livro dos Espíritos” trata de forma geral da doutrina espírita. Todos os assuntos que seriam posteriormente aprofundados nas demais obras de Kardec foram abordados n’O Livro dos Espíritos. 

- Recebimento do Livro na França


O livro nasceu sob o signo da polêmica, e como tal, esgotou-se rapidamente. A primeira edição era composta de três livros (partes), intitulados “Doutrina Espírita”, “Leis Morais” e “Esperanças e Consolações”. A segunda edição, publicada em março de 1860, base da maioria das traduções brasileiras, foi uma ampliação significativa da primeira edição. Ela apresentava 1019 questões feitas aos espíritos, acrescidas de comentários.
A primeira parte desdobrou-se em duas: “Causas Primeiras” e Mundo Espiritual ou dos Espíritos”. Criticado por uns, elogiado por outros, o livro coroa o projeto original do Prof. Rivail (Allan Kardec) de discutir filosoficamente com os espíritos, através de diferentes médiuns, questões de assuntos diversos, capazes de circunscrever uma doutrina que tratasse da origem, trajetória e destino dos Espíritos.
Os leitores cuidadosos verão que os Espíritos dissertam sobre temas caros à Filosofia e aos filósofos europeus do século XIX, o que tornou o livro singular entre a produção espiritualista de seu tempo.



- Como foi Redigido O Livro dos Espíritos?

As principais fontes que temos são a Revista Espírita, publicada mensalmente por Kardec e os textos autobiográficos publicados no livro “Obras Póstumas”, especialmente o que se intitula “Minha iniciação ao Espiritismo”.
Silvino Canuto Abreu é um dos autores brasileiros que tratou do tema com fontes privilegiadas. Ele teve acesso a documentos de Kardec, como a sua correspondência, ainda não publicada.
O Prof. Rivail se aproximou dos grupos espíritas a convite de confrades magnetizadores, embora não acreditasse na manifestação de Espíritos. À sua época, já houvera tido contato com sonâmbulos, que eram pessoas que alteravam seu estado de consciência sob efeito do magnetismo e eram capazes de relatar percepções que não seriam possíveis pela via dos sentidos, como a realização de diagnósticos de órgãos internos dos consulentes.
Os médiuns norte-americanos haviam estado na Europa e fizeram demonstrações de fenômenos das chamadas “mesas girantes”. Canuto Abreu afirma que antes de sua passagem, nos círculos de magnetizadores, alguns fenômenos já haviam sido objeto de experimentação com sonâmbulas francesas. 


Rivail frequentou grupos mediúnicos que recebiam convidados externos. Impressionou-se com as informações que os Espíritos traziam através da psicografia mecânica, observou outros tipos de mediunidade, como a incorporação, o sonambulismo mediúnico inconsciente, a mediunidade auditiva e a clarividência, ao longo de seus estudos. Contudo, ele se incomodava com o caráter fútil das perguntas que eram dirigidas aos espíritos em alguns
destes círculos.
Os Espíritos incentivaram Rivail a empreender um projeto de pesquisa sério, o que o levou a desenvolver uma metodologia própria para fazer o diálogo com os Espíritos e redigir seu livro. Ele focalizou suas questões em três grandes temas: a Filosofia Geral, a Psicologia e a Natureza do Mundo Invisível. (Obras Póstumas, pág. 269.)


           - As Médiuns de Rivail

No princípio de seu trabalho, Rivail obteve muito material e teve a oportunidade de questionar diversos Espíritos através da mediunidade de psicografia mecânica de Caroline e Julie Baudin. Em 1855 as jovens apresentavam, respectivamente, as idades de 16 e 14 anos.
Basicamente, Rivail preparava os temas, desenvolvia perguntas em sua casa, multiplicava questões sobre os temas, de forma a deixá-los claramente expostos e os levava à residência das Baudin. Elas psicografavam com o auxílio de uma “corbeille toupie”, ou cesta de bico, que era uma cesta comum com uma ponta na qual se colocava um lápis ou outro material capaz de escrever sobre a ardósia. As meninas colocavam a ponta dos dedos no corpo da cesta (as duas ao mesmo tempo), esta movimentava-se redigindo as respostas às questões propostas, enquanto as jovens conversavam assuntos diversos. (Obras Póstumas, página 267.)


 Rivail formulava as perguntas verbalmente e às vezes mentalmente (Obras Póstumas, página 268.), o que lhe dava mais confiança na existência de seres inteligentes, capazes de lhe perceber os pensamentos.
Os Espíritos incentivaram Rivail a rever os conteúdos e ele resolveu submeter os textos a outros médiuns. A terceira principal médium da construção da primeira edição de “O Livro dos Espíritos” foi Ruth Celine Japhet, que concedeu a Rivail, a pedido dos Espíritos, sessões sem público, voltadas à revisão do texto do livro nascente.
Canuto Abreu afirma que Kardec incentivou posteriormente as médiuns a escreverem com pena de pato, o que aumentou a capacidade de produção mediúnica. Além das três médiuns, Kardec incluiu textos recebidos por correspondência ou de círculos que visitou (Revista Espírita, 1858, pág. 34.) e contou com a colaboração de outros médiuns 6 (Obras Póstumas, pág. 270), em menor escala.
 “Da fusão de todas essas respostas, coordenadas, classificadas e muita vez recompostas no silêncio na meditação, foi que elaborei a primeira edição de O Livro dos Espíritos, entregue à publicidade em 18 de abril de 1857.”
Allan Kardec 7 (7 Cf. Obras Póstumas, pág. 270).
Rivail não publicou o nome dos médiuns e os protegeu do público o quanto pôde. O assédio e perseguições sofridas pelas irmãs Fox, nos Estados Unidos, parece ser uma das razões de tanto zelo com a identidade das jovens. Ele, mesmo adotando pseudônimo, contudo, não seria poupado.


          - O Método de Kardec

Por que Rivail fez as mesmas perguntas para médiuns diferentes, por que submeteu o texto à apreciação de diferentes espíritos antes de publicá-lo? Este é o cerne do método desenvolvido por ele para o intercâmbio com o mundo espiritual.


Em primeiro lugar, Kardec não considerava os espíritos como reveladores (Obras Póstumas, pág. 269), mas como fontes de informação. Pessoas desencarnadas, com maior ou menor capacidade de explicação de sua realidade, mais ou menos ligadas às crenças que defendiam antes da morte. Pode-se dizer que no entendimento de Kardec, é necessária uma análise o mais ampla e franca possível daquilo que é produzido pelos médiuns, seja pelas limitações dos espíritos, seja pelas limitações dos próprios médiuns.
Este segundo ponto é uma das razões pelas quais Kardec confirmava informações obtidas por médiuns intuitivos com médiuns mecânicos. Uma vez que o fenômeno se dá com menor influência das ideias próprias do médium mecânico (recorde-se que as meninas conversavam enquanto a cesta escrevia frases de conteúdo diverso), o codificador os considera importantes para o trabalho de revisão. As reservas de Kardec à produção mediúnica dos médiuns intuitivos são conhecidas. Ele escreve que “são muito comuns, mas muito sujeitos a erros, por não poderem discernir, muitas vezes, o que provém dos Espíritos do que deles próprios emana”. (O Livro dos Médiuns, cap. XXVI, pág. 235.)
Uma terceira característica do método de Rivail é o diálogo socrático com os Espíritos. Rivail multiplica perguntas e usa a razão como instrumento para separar as respostas gratuitas daquelas elaboradas e encadeadas com lógica. Rivail conhece bem as limitações da mediunidade. Em um texto intitulado “Contradições na Linguagem dos Espíritos” (11 Revista Espírita, 1858, pág. 225 e 226.) ele relaciona os seguintes pontos:

1. O grau de ignorância ou de saber dos Espíritos aos quais nos dirigimos;
2. O embuste dos Espíritos inferiores que podem, por malícia, ignorância ou malevolência e tomando um nome de empréstimo, dizer coisas contrárias às que alhures foram ditas pelo Espírito cujo nome usurparam;
3. As falhas pessoais do médium, que podem influir sobre as comunicações, alterar ou deformar o pensamento do Espírito;
4. A insistência por obter uma resposta que um Espírito recusa dar, e que é dada por um Espírito inferior;
5. A própria vontade do Espírito, que fala conforme o momento, o lugar e as pessoas e pode julgar conveniente nem tudo dizer a toda gente;
6. A insuficiência da linguagem humana para exprimir as coisas do mundo incorpóreo;
7. A interpretação que cada um pode dar a uma palavra ou a uma explicação, de acordo com as suas ideias, os seus preconceitos ou o ponto de vista sob o qual encara o assunto.

Mesmo limitada, a mediunidade é o único meio de comunicação que dispomos e que Rivail dispunha em seu tempo com os Espíritos. Seus cuidados possibilitam a obtenção de um conhecimento de qualidade superior. Os cuidados com O Livro dos Espíritos influenciaram as obras posteriores que lhe foram um “desenvolvimento de assuntos específicos”, tratados de maneira geral no coração da codificação.


           - Os Desdobramentos de “O Livro dos Espíritos”

A publicação de O Livro dos Espíritos é um marco no movimento espírita, especialmente nos países neolatinos. Enquanto encarnado Kardec supervisionou 13 edições de O Livro dos Espíritos. A atual tradução da FEM (Federação Espírita Brasileira) realizada por Evandro Noleto Bezerra, mostra que à exceção da segunda edição, as demais tiveram mudanças pontuais (explicadas pelo tradutor na edição comemorativa dos 150 anos de O Livro dos Espíritos).
As principais lideranças do movimento francês foram atraídas ao Espiritismo pela leitura desta obra, vários foram os pesquisadores e cientistas que se envolveram com estudo da Doutrina Espírita, dentre os quais podemos citar Léon Denis, Camille Flammarion, Amalia Domingo Soler, Gabriel Delanne, Sir William Crookes, Cesare Lombroso, Charles Richet, Pierre-Gaetan Leymarie, Daniel Dunglas Home, Eusapia Palladino e Oliver Lodge.

No Brasil, a primeira tradução em língua portuguesa (feita a partir da 12 a. edição francesa) parece ter sido feita por Joaquim Carlos Travassos, tendo adotado o pseudônimo de Fortúnio e publicado pela famosa Editora Garnier, no Rio de Janeiro em 1875. Travassos teria presenteado Bezerra de Menezes com o livro, que o teria convertido.
A Federação Espírita Brasileira tem publicado até o momento a tradução de Guillon Ribeiro, mas são muito conhecidas a tradução comentada feita por José Herculano Pires e a tradução do Instituto de Difusão Espírita, feita por Salvador Gentile. De acordo com a LIHPE (12 Liga de Historiadores e Pesquisadores Espíritas), são conhecidas as traduções do livro para nove idiomas: o português, o espanhol, o italiano, o alemão, o inglês, o esperanto, o grego e o árabe. 

 - Conclusão

Aquele que desejar conhecer a doutrina espírita tem como caminho mais curto a leitura e o estudo do Livro dos Espíritos. Aquele que dela se aproxima com o intuito de estudá-la tem nessa obra sua melhor introdução e roteiro geral. Pois, a partir dela é que foram escritas as demais obras que formam a base doutrinária do Espiritismo: O Livro dos Médiuns, O Evangelho Segundo o Espiritismo, A Gênese e O Céu e o Inferno.
As 1019 perguntas e respostas fornecem o cabedal de conhecimento básico da doutrina espírita. Ler, reler, estudar com atenção esta obra é o mínimo que se espera de alguém que se denomine espírita.



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